LEED v4: a nova versão da certificação sustentável e suas atualizações LEED v4
A nova versão da certificação de construção sustentável – LEED v4 – apresenta novos requisitos para obtenção do selo, principalmente com atualizações técnicas visando aumentar as exigências do mercado verde.
A certificação internacional LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é uma ferramenta voluntária que quantifica parâmetros e desempenho na adoção de práticas de construção sustentável na edificação. Tem como objetivo estimular o desenvolvimento de novas edificações ou reforma de edificações em consonância com práticas, metodologias e tecnologias de construção sustentável. Para elevar os padrões técnicos desse mercado, em uma periodicidade que varia de 2 a 4 anos, uma nova versão da certificação LEED é desenvolvida.
A mais recente atualização – o LEED v4 – apresenta modificações estruturais e de processo, principalmente atualizações técnicas visando aumentar as exigências ao mercado. As práticas e pontuações da nova certificação, ao analisar os atributos de sustentabilidade de uma edificação, prioriza aquelas ações que, na ordem a seguir, tratam de assuntos relacionados a: mudanças climáticas (35%), Saúde (20%), Recursos Hídricos (15%), Biodiversidade (10%), Recursos Naturais (10%) Economia Verde (5%) e Comunidade (5%).
Três pontos principais guiaram a concepção da nova certificação LEED v4:
1 – Maior restrição do ponto de vista técnico e aumento de suas exigências.
2 – Destaque no cenário global, estando presente em 153 países.
3- Diversidade de edificações que buscam a certificação: estádios, centro de convenções, prédios comerciais, hospitais, data centers, hotéis, escolas, centro de distribuição, edificações existentes, entre outros.
Principais mudanças no LEED v4:
– Espaços sustentáveis: Pontua projetos nos chamados “terrenos de alta prioridade”, que contempla o desenvolvimento social frente à necessidade de determinada região, definida por planos diretores ou identificada por meio de um conjunto de fatores sociais. Nova categoria “localização e transporte”, com o objetivo de estimular que os projetos considerem o aproveitamento máximo das práticas relacionada à mitigação ao impacto no transporte. Também pontua projetos que privilegiem o acesso a pé e ao transporte público/alternativo (bicicletas, etc).
– Uso eficiente da água: Aumentou a pontuação que pode ser atingida com o gerenciamento de água da chuva:, sem contar a obrigatoriedade da medição do consumo da água nas edificações.
– Energia e Atmosfera: a principal mudança está no pré-requisito de eficiência energética, ainda mais exigente que a versão anterior. Isso sem contar que considera não só o consumo energético da edificação, mas também o cumprimento das recomendações da concessionária perante a escala urbana de consumo.
– Materiais e recursos: Foco no ciclo de vida dos materiais, com novos créditos que premiam produtos com Declaração Ambiental